Mesmo com tanta coisa acontecendo, me vejo na obrigação de
escrever. É como se fosse apenas isso. Queria que essa vida fosse um ensaio
coletivo pra tudo sair com perfeição na próxima. Queria que o sol nascesse
todas as manhãs no mesmo horário entrando pela minha janela pra me
acordar. Queria tanta coisa que não
posso, assim como queria ter filhos, mas não ser mãe, assim como queria ser
livre, mas não me prender, me perder na imensidão da abstrata liberdade. Queria
menos violência, menos corrupção, menos mães abortando filhos, menos pais
saindo de casa e abandonando seu lar.
Só queria que, sei lá, o que queria já
não importa, vamos conciliar a vida com o viver.
Por; Elienay Rodrigues
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